quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Tão

como um sonho doido e cheio de esperanças
você apareceu
tão de repente, inconsequente
que todo sentimento dentro de mim
se misturou em um segundo
e agora eu não sei explicar
por que é que você foi embora
com olhos de fevereiro
fazendo o mundo inteiro
simplesmente pirar
toda avenida se confunde com a vida
e os carros passando debaixo da chuva
não fazem sentido
se a vida não continuar
a girar, a terra não para
mas por que motivo você
me diz pra parar
se a vida tão mesquinha tende a continuar
a prosseguir, a progredir
e a cidade não para de crescer
enquanto eu e você
perdidos nessa selva
sempre diminuindo, caindo
pra sempre numa fenda escura
e infinita
até quando um dia eu aprender a voar e deixar
de lado essa cidade escura e cinza
e você vai perdoar
meus erros que não são tão meus
são seus também
não me convém, falar de amor
se eu não quiser falar de amor






Estive olhando as postagens antigas e encontrei esse poema...
16 de julho de 2007