quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ainda sem título

Comecei a escrever e a intenção era fazer um conto para completar "O Espirro" e "O Flato"... Se chamaria "O Soco" mas acabei escrevendo, além desse, outros doze capítulos, continuação dessa história.

Sim, é ENORME o primeiro capítulo e eu pretendo terminar a história (já com 27 páginas A4 ou 53 A5).

PS: Alguns erros de sintaxe são propositais. Quem ler vai encontrá-los.

1. O Soco

E lá estava eu. Naquela posição patética, observando meu destino vindo em minha direção, como se nada mais nessa vida importasse. Aceitar ou não, não era uma opção que eu tinha o privilégio de escolher: Eu era designado a aceitar a situação que havia me sido imposta, e nada nem ninguém a essa altura poderia mudar.

***

Para entender melhor as coisas que aconteciam, serei breve nos acontecimentos que nada tem haver com o fato em questão.

Eram quase sete e quinze da manhã, quando o pátio estava alvoroçado de crianças perambulando pra lá e pra cá, desesperadas afim de encontrar o caminho para a sala de aula, divididas entre a conversa matinal sobre a tarde anterior e o triste destino de assistir mais uma aula tediosa, com algum professor, também, tedioso.

O sinal havia batido e eu estava caminhando rumo às escadarias que levavam ao 1º andar do prédio do meu colégio e, para isso, precisei atravessar a quadra onde o pessoal encerrava uma partida de futebol. Sim, uma partida de futebol de salão, as quase sete e quinze da manhã.

Como eu era um desses típicos alunos de inteligência elevada, eu resolvi correr, para alcançar mais rapidamente o meu objetivo, ficando com os melhores lugares da sala de aula, e talvez, esse tenha sido o maior erro do meu dia.

Ao dar os três primeiros passos em alta velocidade com sucesso, notei que alguém estava vindo em minha direção. Tentei dar um passo para o lado, afim de desviar do brutamontes que estava vindo, muito mais rápido que eu estava indo para a sala de aula, pra cima de mim. Dei um passo para a direita, mas ainda assim o brutamontes acertou o meu pé esquerdo, desengonçado pela sua alta estatura e peso, cambaleou e se esborrachou no chão emitindo um baque surdo ao cair contra a quadra poliesportiva.

Ao notar que a besta tinha caído, dei uma olhadinha meio que de “esgueio” para ver o que tinha acontecido, e vi um touro bufando, tentando se levantar e me olhando com os olhos mais vermelhos que pimenta malagueta.

Parei de correr por impulso e pensei em ir até ele e pedir desculpas e quem sabe oferecer a mão (mesmo que inutilmente) para que ele se levantasse, mas, entre o tempo em que eu tive essa idéia e de o meu corpo começar a reagir, o monstro deu um salto, apontando o dedo pra mim e dizendo “Eu e você, no intervalo, na quadra de trás!”

E a quadra de trás, bom... Lá era o lugar onde aconteciam as batalhas entre gangues da escola. Não era recomendável para pessoas abaixo da sexta série, salvo as que estivessem envolvidas com alguma gangue, ou nerds. Como eu.

Sendo convidado em público para comparecer as nove e trinta a tal recinto, por mais que eu evitasse, eu acabaria sendo levado pra lá de um jeito ou de outro, então, tentei não pensar nisso. E fui caminhando para a sala, lentamente, com um buraco enorme no peito, querendo não existir por mais ou menos uma semana.

Durante a longa caminhada até a sala de aula, muitas pessoas que passavam por mim me cumprimentavam, e me desejavam boa sorte, ou que pelo menos eu tentasse “proteger o máximo de mim possível, para que no dia seguinte eu permanecesse reconhecível, caso sobrevivesse”.

Caso sobrevivesse?

Ao sentar na carteira, tudo parecia normal, então, assisti as três primeiras aulas como se nada tivesse acontecido, mesmo percebendo que as pessoas da minha sala comentavam o fato o tempo todo, cochichando, alguns rindo e teve até alguém que disse “Coitado do moleque!”.

Quando deu o sinal para o intervalo, eu estava com a cara enfiada em algum livro de astrofísica e não pretendia largá-lo até que os vinte longos minutos passassem, ou que alguém viesse me dizer que o mostrengo estivesse há pelo menos mil quilômetros de distância. Ainda assim, eu estaria com as pernas tremendo um bocado.

Ao sair o último aluno, a professora me olhou com cara de dó e disse “Você não pode ficar na sala querido, leia seu livrinho no pátio”, mas ela não entendia que minha vida corria perigo. Senti vontade de dizer a verdade pra ela, mas seria pior, porque daí ele me daria uns sopapos fora da escola. E isso, com certeza, não era algo que havia planejado para o meu triste fim.

Me levantei tristemente e dei passos curtos e demorados antes de sair da sala, para permanecer o máximo possível dentro dela. Esqueci o meu lanche de propósito também, e voltei para pegar. Andando bem devagar.

Quando finalmente saí da sala, esperando que tivesse passado pelo menos quinze minutos, olhei para o relógio e vi que na verdade havia passado apenas cinco. Corri para o banheiro, mas, no caminho fui abordado por algum moleque espinhento da oitava série que me viu e falou “Alá o maluco que vai dar uns pau no Bigoooode!” meio ritmado.

Bigode: era o apelido do brutamontes que me jurou de morte. Imagina uma pessoa com quinze anos e na sexta série. Eu tinha na época treze e estava na sétima. Ele era grande, muito grande e gordo, muito gordo. Suava o tempo todo, até no frio, o seu uniforme ficava grudado no seu corpo, devido a gordura e ao suor. O cabelo dele nunca estava penteado e era meio curto. Tinha os olhos de peixe morto e nunca ficava com a boca completamente fechada. O maxilar inferior era um pouco puxado pra fora, o que lhe dava um aspecto meio... primata. Tinha uma monosselha e uma costeleta muito mal elaborada. E o pior de tudo: ele tinha bigode. Muito bigode. Desde que era criança ele tinha um buço no rosto que lhe deixava com cara de retardado. Uma vez deram de aniversário de doze anos pra ele um barbeador descartável. A voz dele era fina e sonsa, falava devagar e media muito bem as palavras. E por incrível que pareça, conseguia falar tudo errado.

Como havia sido impedido de ir ao banheiro, fui caminhando para o meio do pátio, e todo mundo me olhava. E eu nunca havia sido popular. Nunca havia sequer conversado com uma garota sem gaguejar e começar a falar de coisas como: física nuclear e matemática aplicada.

Comecei a me sentir pequeno. Menor do que eu já era. Caminhei para qualquer direção, olhando para os lados, para cima, para baixo, até que esbarrei em alguém.

E foi nessa hora que eu olhei para frente e me senti o cara mais azarado que poderia existir no universo todo.

Por mais óbvio que possa parecer, sim, eu havia esbarrado nele mesmo, na besta quadrada, no touro famigerado pelo meu sangue, na aberração da natureza, ele; o Bigode.

Quando todo mundo se deu conta, já criaram um circulo entre a gente e começaram a gritar “BRÍ-GA! BRÍ-GA! BRÍ-GA!”. Eu olhei para todos os lados, desesperado e pensei em me enfiar no meio das pessoas, mas provavelmente, me jogariam lá dentro da arena novamente. Mas nem por isso não tentei fazê-lo. Me enfiei entre as pernas de umas meninas que estavam olhando desesperadas para a gente, e logo que passei pela primeira fileira de espectadores, alguém me agarrou pelo colarinho e me puxou para cima. E nessa hora, não vi mais meu livro de astrofísica, que escapou da minha mão e foi para o meio da galera.

E lá estava eu novamente, no meio da arena, com o abominável homem-menino.
Pensei em todas as formas de conter a briga. Pensei em não fazer nada. Pensei em correr alucinadamente, pensei em fingir ter um surto, pensei em desmaiar. Mas, enquanto eu pensava, meu corpo fez um movimento involuntário, e quando eu me dei conta, me irritei comigo mesmo.

Coloquei as mãos diante do rosto, assim como faz um pugilista, e separei um pouco as pernas, para manter o equilíbrio, e comecei a dar passinhos estratégicos: levantando primeiro a perna esquerda e depois a direita, como quem estivesse pronto para um combate mortal.

Estava pensando em sair voando, mas eu ainda não tinha desenvolvido essa habilidade. Pensei então em lançar um hadouken, mas também não sabia como fazê-lo. Fiquei então, lá, dando os passinhos e observando o troglodita.

Os movimentos dele por sua vez, eram diferentes dos meus: Ele andava de lado, pra lá e pra cá, com os braços pendendo, soltos, quando ele ia pro lado, os braços iam pro lado oposto, como se fosse culpa da inércia. De vez em quando, dava uns saltinhos e invertia a posição do corpo e do movimento.

E ficamos nisso por um bom tempo: todos querendo ver meu sangue, ele indo pra lá e pra cá e eu dando passinhos.

Foi quando eu estava começando a achar graça da brincadeira que eu notei que o touro famigerado estava vindo em minha direção, não mais para os lados, enquanto eu dava passinhos. Pensei em abaixar. Seria uma boa, ele erraria o golpe e eu poderia sair correndo pelo meio das pessoas. Ou poderia desviar e acertar-lhe um chute nas genitais; o que faria de mim um herói com certeza, tipo Davi e Golias. Depois, pensei em agarrar seu braço e aplicar-lhe um golpe de jiu-jitsu. Pensei em dar um pulo de lado e acertar um chute em seu rosto enquanto pendia no ar. Pensei em desviar e passar-lhe uma rasteira. Pensei, mas tudo que eu conseguia fazer era... dar os passinhos.

Quando me dei conta, sua mão estava muito próxima de mim. E eu pensei tanto, que não tive tempo de decidir qual dos movimentos citados eu usaria contra ele.

***

Entenda algo sobre mim: eu era baixinho, ruivo, com sardinhas, confesso que meio cabeçudo. Era magro e falava enrolado e usava um óculos grande. Eu nunca tive muitos amigos na escola, e a maioria deles se juntavam a mim para poder ir bem nos grupos de estudos ou provas em dupla. Eu sabia disso, mas fingia não saber pois, se eu ficasse ignorando o fato de que esse seria o único jeito de alguém se aproximar de mim, eu não seria amigo de ninguém.

Então, eu deixava a vida ir acontecendo. Gaguejando e estudando para me tornar alguém importante e notável, coisa que eu nunca tinha sido em toda a minha infância e adolescência.

E lá estava eu. Naquela posição patética, observando meu destino vindo em minha direção, como se nada mais nessa vida importasse. Aceitar ou não, não era uma opção que eu tinha o privilégio de escolher: Eu era designado a aceitar a situação que havia me sido imposta, e nada nem ninguém a essa altura poderia mudar.
Eu dava passinhos enquanto o abominável partia pra cima de mim. Cada vez mais se aproximava e eu apenas conseguia dar passinhos. Quando sua mão estava a mais ou menos um centímetro de distância, aí sim eu consegui reagir. E confesso, não foi uma atitude inteligente.

Ao perceber que sua mão iria me acertar inevitavelmente, tomei uma importante decisão e consegui realizar um movimento: fechei os olhos e depositei todas as minhas forças nas pálpebras. Também apertei mais as mãos e senti minhas unhas machucando a palma da minha mão. Tentei também virar o rosto pra algum lado e continuava a dar os passinhos. Ah, os passinhos...

A mão dele passou por entre as minhas que protegiam inutilmente meu rosto e me acertou numa região triangular. Imagine três pontos do seu rosto: a pupila do olho, a ponta do nariz e o ossinho da mação do rosto, na bochecha. Imagine que esses três pontos formam um triângulo. Essa região foi a escolhida pela mão dele que chegou com tudo em mim e nem me avisou. Quando ele me acertou a primeira coisa que eu pensei foi “Passinhos idiotas!”. Senti meus óculos entortando e tentando saltar do meu rosto, mas sem sucesso. Senti também que meu corpo havia sido arremessado para trás e que eu voei pelo menos uns dois metros do meu ponto de origem.

Enquanto eu era arremessado, o tempo pareceu diminuir drasticamente. Enquanto sentia que meus pés saiam do chão, tive tempo de fazer uma profunda reflexão sobre as relações interpessoais, de como nós somos julgados e culpados por pequenas coisas, que nem sempre merecem levar a culpa de alguém, ou que as vezes nem mesmo tem a culpa de alguém. Naquele momento, enquanto o Bigode extinguia toda a sua raiva em mim, eu apenas me deixava levar pelo empurrão levado carinhosamente. Flutuei como uma pluma e me senti Deus por um segundo. O tempo de queda, além de demorado, foi um tanto quanto silencioso. E pensar que há um segundo atrás eu mal conseguia me concentrar por causa da barulheira das pessoas querendo que meu sangue jorrasse por aí. Pensei então em como nós estávamos sendo um tanto quando retro, ao simular um combate dentre gladiadores, com arena e tudo o mais. Poderíamos apenas apertar as mãos e fingir que nada havia acontecido. Então, eu pensei “Aconteceu alguma coisa pra eu estar aqui levando esse soco?” e eu senti que meu corpo finalmente tocou o chão.

Senti um torpor tomar conta de mim rapidamente e eu não mais sentia ou pensava em coisa alguma.

Quando a primeira molécula do meu ombro relou no chão, que foi a primeira parte, o tempo voltou ao normal e eu caí no chão como uma laranja podre: caí e do jeito que eu caí eu fiquei. Quando eu caí, não houve aquele baque surdo que nem o Bigode. Apenas cai e ali fiquei. Abri os olhos e notei que eu estava numa posição um tanto quanto desvirtuada. Não consegui enxergar nada, pois meus óculos estavam tão tortos que uma das lentes mirava para baixo e a outra para o lado. Como eles ainda se sustentaram no meu rosto eu não saberia dizer nem se estudasse a fundo o problema.

Abri os olhos e tive a sensação de estar levando outro golpe no mesmo lugar, mas dessa vez era apenas a dor que estava chegando. Eu sempre achei que a dor acontecia no exato momento em que se leva o soco. Por nunca ter levado um, nunca soube exatamente como era. Mas eu comecei a sentir o rosto quente e a dor estava tamanha que eu não mais pensava em nada. O resto do rosto estava adormecendo e eu sentia apenas o triângulo.

Aos poucos, a sensação de torpor foi passando e eu comecei a ouvir novamente os berros alucinados das pessoas em volta indo ao delírio com o golpe do Bigode. Tentei me levantar, mas senti que estava ainda tonto, então, levantei a cabeça para olhar ao redor, e vi o Bigode fazendo umas poses engraçadas de campeão. Como aqueles caras do Mister Universo fazem para exibir os músculos. E coitado, ninguém falou pra ele que ele só tinha banha pra mostrar...

Consegui me levantar por partes: cabeça primeiro, depois, me apoiei em um braço e levantei um ombro, me apoiei no outro e levantei o outro e, quando o torpor havia passado, consegui me sustentar em pé. Não estava com o equilíbrio perfeito, pois, a julgar pela minha posição, eu estava parecendo alguém que sobe num skate pela primeira vez e desce uma ladeira de noventa graus. Tentei manter o equilíbrio e o corpo ereto e então vi que o troglodita se virava pra mim novamente. Desta vez, o tempo novamente andou mais devagar e eu tive tempo de pensar com calma no que fazer.
Mesmo não enxergando direito, pude deduzir algumas coisas, como por exemplo, as partes do corpo dele. Notei que ele andava em minha direção, mas desta vez, sem tentar outro golpe, apesar de manter as mãos fechadas. Mexi nos óculos para ver alguma coisa e ao olhar pro rosto dele, notei que ele ria, e me olhava como um ogro olha sua presa. Olhei ao redor e as pessoas estavam quase se entregando ao orgasmo quando eu tomei uma importante decisão.

Calculei os passos dele e me afastei por uns 30 centímetros, que foram friamente calculados. Conforme ele se aproximava, a sua velocidade aumentava gradativamente e, ao empunhar as mãos novamente para me golpear, eu dei um pequeno salto para trás.
Sim, desta vez eu não protegia o rosto com as mãos como faz um pugilista e não estava dando os passinhos ridículos. Eu estava bravo e pretendia ir para a casa logo. Meu rosto estava fervendo e eu estava com uma tremenda vontade de me atirar ao chão e fazer um escândalo. Mas não o fiz. Não desta vez.

Ao me esquivar do seu segundo golpe, que foi idêntico ao primeiro, notei que ele abaixou a guarda totalmente e meti-lhe um chute nos bagos e saí correndo, não desejando ver a expressão dele. Me enfiei no meio das pessoas mas desta vez não fui agarrado pelo colarinho. Corri e vi que haviam dois monitores e o diretor indo em direção à briga. “Tarde demais” pensei...

***

No dia seguinte, após meu rosto ter passado por 5 cores diferentes: cor de pele, vermelho, rosa, amarelo e roxo, eu estava sentado do lado do tiranossauro na sala do diretor. Levávamos uma bronca, mas de uma coisa eu tenho certeza: Apesar de meu rosto estar deformado, inchado e multicolorido, o dano que eu fiz nele foi bem mais notável!

15 comentários:

Anônimo disse...
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